Delírios de um Ditador

não sei dizer o que é e o que não é, as coisas tomam seu proprio rumo se a induzi-la estarei embriagado em demasia.

14.2.07

Colisão

Lombada flutuante, descida ondulada uma colisão arejada.

Flashes de um olimpo distante rumo ao suor desgastante flagrando a inutilidade.
Mar gerador de todo temor transita por sua sóbria movimentação, converge de uma cegueira noturna à um amplo desconhecimento pela escuridão. Porém, cansado migra ao conforto de uma segurança sancionada, espontaneamente percebe um breve desconsolo:


Atenção: Transeunte culpado por vosso transeutear, quem o permitiu ultrapassar os portões de Minerva? Agora buscai logo um colírio a vossos olhos em busca do auto perdão! Não te esqueças de esquecer quando respirar:

Brisa noturna conduzem o autêntico viajante desprovido de coragem ou temor, desmascarado por seu próprio desespero. Viaja pelo prazer do despertar conduzido pelo raio do luar pelas brechas das sombras entre as lacunas arejadas de um novo ser. Um novo ser? pergunta o anão montado ao dragão. Sim, responde o viajante constante. Indignado o anão; Sou o domador de dragões, suas entranhas desenham um gráfico das vibrações que emanam ao entardecer. O viajante interrompe; não estou à entender, ou pretender, sou um mero viajante em busca das brechas cedidas pelo luar e aqui estou a continuar. Porém, neste instante o dragão se irrita subitamente e devora o viajante. O anão reage acariciando o nobre dragão dizendo; tolo viajante de pesadelo constante por acreditar em brechas no luar.


O mar desperta de seu breve desconsolo, desorientado por sua breve ilusão, retorna à sua sóbria movimentação.

10.2.07

O grande parasita

Acordar, comer, dormir. Nada mais, exceto consumir e ser consumido em um eterno vão inescrupuloso desejando o eterno mais como o agente de seu vício. A insensibilidade pelo eterno desejar me visionam, me colocam as conotações que realizo como o agora, ou o ocorrido, ou melhor impõem o sangue em meus olhos direcionando minhas imagens numa terceira perspectiva que acredito conhecer.

O conhecimento, a vastidão do deserto ao meu alcance; o meu estado me faiscam em uma múltipla inutilidade desgastante. Sinto-me cansando, mas nada fiz. Por que dizer não ao nada se a metafísica é tudo que produzimos? A distância diária de um eu, ou de um outro é tamanha que já não reconheço quaisquer forma, meus olhos são inúteis. A curiosidade por meu vão é a única coisa que me sustenta, digo alimenta. O pior, tenho fome!