Delírios de um Ditador

não sei dizer o que é e o que não é, as coisas tomam seu proprio rumo se a induzi-la estarei embriagado em demasia.

8.1.11

Transcendental é a mãe...

Se acha que algo transcendental realmente exista, agradeço se tentar ler.

Desconstruir, reconstruir. Reelaborar eternamente num uivo, num sopro, numa erupção eterna pelo desejo irradiante da paixão pelo movimento passional que tanto nos cativa, ilumina e destrói em mil e nos delinea numa figura projetada. O reflexo numa parede, pode parecer ao outro, mas é isso que o outro é a nós, qual o projeto que crio sobre mim? O eterno reconstruir-se, o eterno desejo de destruir, e reinventar-se sob mil desculpas que nos conotam.

Devemos passar em silêncio sobre aquilo que não sabemos falar? No lo creio, estamos constantemente explorando as possibilidades, indagando opções, se nos calássemos, mataríamos a potência em nós, a certeza é uma projeção do que gostaríamos de transparecer, entretanto me aparenta que a própria forma de comunicação mais corrente nos favorece à isto, a singularidade da comunicação falada, escrita, ou pensada, quando em palavras - apenas, nos leva a crer numa verdade retilínea, enquanto isso não passa do prazer que a ilusão pode nos gerar. Existem tantos prazeres que não somos capazes de expressar com a a linguagem, mas preferimos omitir justamente pela impossibilidade?! Não sei, estou apenas indagando, mas a exploração das cores, das formas, dos acordes são mais amplos que a linguagem.

Muitos já disseram sobre a percepção que têm, e isto sempre será válido, mas seria improvável que alguém dissesse algo puro e retilíneo, pois todas as coisas estão em contraste e se entrelaçam em mil opções e tecem redes inconcebíveis a qualquer propenso hacker, ou arquiteto. Milhares de algoritmos estão sendo escritos e reescritos a todo momento, num lapso de tempo menor que podemos conceber reelaborando o estimulo e proporcionando a cada agente que participa do meio novas percepção do meio, tamanha a rede em constante propensão que não temos como vislumbrá-la.

Toda percepção é - foi - será - válida, e não leva a nada desqualificá-la, como muitos fizeram, e continuam fazendo, seres extraordinários, ou abutres, não importa. O mundo justo, ou perfeito não passa de uma face perversa de nós, que não consegue conceber que a vida apenas é mantida ao custo de outra vida, e cada um se relaciona com o mesmo conforme suas fúrias, anseios, gratidões, ..., o bom e mal são conceitos subjetivos e perversos que refletem sentidos e percepções essenciais (que estão em contato com o indivíduo naturalmente).

A vida é simples, e a vida é complicada. A vida é feia, mas também é bonita. São antônimos, é o movimento que nos motiva. Ser linear, ou fazer sentido apenas são aceitáveis num contexto social, individualmente não é próprio à um ser que habita este planeta. Mais uma coisa, a única coisa transcendental é a metafísica, de boa, essa palavra não faz sentido, ela ultrapassa, evolui, ou seja supera. Naturalmente nada se supera, apenas se transforma, rs, apenas a metafísica é capaz de evoluir, superar, subestimar; cheque?!

Boa sorte!

Abs,
Felipe

1 Comments:

At 12:59 PM, Blogger Juliana said...

Ser enquanto ser...não o que se foi ou será....não o resolver ou definir os antônimos....é passear por entre, trazendo o movimento, deixando as linhas cruzarem e recriarem o estar por vir mutável. Se descobrir na linha do outro, ser singular sem ser só. Permitir que o inteligível não assuste, que apenas transcenda para o próximo acontecimento....

 

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