Delírios de um Ditador

não sei dizer o que é e o que não é, as coisas tomam seu proprio rumo se a induzi-la estarei embriagado em demasia.

24.6.07

Estar

Duas premissas:
Sou o deus, recém dispencado do Olímpio, que todos me adorem e amem; amém.
Sou um verme, não mereço ser visto de tão desagradável que sou, gostaria de ser uma rocha; apenas à escutar.

No entanto não sou um ou outro, sou ambos, porém, depende do momento.

Se é confuso? Quem sabe um dia possa estar vivo?

la bomabanera

Doce vertigem sob o assombroso luar me impugnam: covarde! Em eterno trovejar.
Temores noturnos despertam ao meu enfraquejar, sussuros cobiços estimulam o meu pensar.
Fazem me temer a janela de meus pesadelos que esbravejam a todo respirar.
Onde está o portão à curva explorar, a cerca nos delinea, mas onde ela está?
Doce medo do eterno despertar, por que me condiciona à eterna curva do nunca chegar?
Meus pesadelos se realizam no convergir, na curva, na cerca, no mato, a bruxa a me aterrorizar.
Bela vingança de meu desprezo que volve à atormentar.
Mais atemorizante no presente estar; reconhecer o temor de presenciar e nunca poder distanciar ao descobrir que deus é quem não o és.
Esquecer, senão não acordas.